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O Grande Guia do Iniciante em RP

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O Grande Guia do Iniciante em RP Empty O Grande Guia do Iniciante em RP

Mensagem por mjunkhead Sáb Dez 24, 2011 11:23 pm

Guia Retirado do Forum da LUG: http://sites.levelupgames.com.br/Forum/ragnarok/forums/t/519621.aspx

O Grande Guia do Iniciante


Este guia é composto por diversos itens. A seguir:

1 – Introdução ao RolePlay.
2 – Como Interpretar e os diversos Sistemas existentes.
3 – Fazendo um personagem.
4 – Aventura, Campanha e “Casinha”.
5 – O que NÃO fazer!
6 – Links recomendados.


1 – Introdução ao RolePlay

Então, você descobriu esse tal de RolePlay. Talvez descobriu porque algum amigo seu começou a praticar. Talvez tenha sido recrutado para um clã de RolePlay. Ou talvez tenha apenas ouvido o termo. Não importa. Você não é um RolePlayer ainda? Então, aperte os cintos e prepare-se.

Bom, vamos à pergunta primordial: O que é RolePlay? RolePlay é mais uma, digamos assim, “modalidade” dentro do Ragnarok. Tem gente que joga para aumentar o nível de seus personagens, matar monstros e ficarem mais fortes. Outros preferem focar sua jogatina em matar os temíveis MVPs. Outros ainda preferem ir à Guerra do Emperium, ou ao PvP, e se divertir por lá.

E outros, como nós, preferem o RolePlay.

É importante notar que ser um RolePlayer não te “remove” de nenhuma outra modalidade. É plenamente possível você ser membro de um clã de RolePlay e ir à Guerra, ou matar MVPs. Todas as modalidades de Ragnarok podem ser jogadas por qualquer um a qualquer hora, e o RolePlay Não é exceção.

E no que consiste o RolePlay? Bom, vamos lá: Você já ouviu falar de RPG? Dungeons & Dragons, GURPS, 3D&T, Storyteller? Então, meus parabéns, a parte mais fácil já foi: Você sabe o que é RolePlay. Talvez nunca tenha jogado, mas não importa. Uma vez sabendo o que é, fazer RolePlay torna-se muito mais fácil. Bom, RolePlay (Ou “RP” para encurtar) é jogar RPG dentro do Ragnarok. A diferença para um RPG normal é que, enquanto no RPG de mesa você fala suas ações, no Ragnarok, você as escreve, usando caracteres especiais (Vejam no Item 2 do Guia).

Oh... você não conhece RPG? Nunca ouviu falar? Acha que é a abreviatura de “Rocket Propeller Missle” porque viu em algum jogo de tiro? Não tem problema. Sigam-me os bons: RPG – e, por tabela, o RolePlay no Ragnarok – é um jogo de Interpretação de Personagens. É como uma peça de teatro ou, melhor dizendo, um jogo de faz de conta... mas com regras! Nele, você interpreta um personagem – criado por você – que vive em um mundo fantástico, onde seu personagem – ou melhor, você! – passa por grandes aventuras.

No RolePlay, existe um jogador especial. Ele é o Mestre ou Narrador. Ele não “joga”, mas organiza o jogo e o faz acontecer. Em uma analogia: Se o RPG fosse um jogo de vídeo-game, seu personagem seria o que você controla com o Joystick, enquanto o Mestre seria todo o resto – o cenário que te envolve, os inimigos que avançam em você. Ele também seria o próprio vídeo-game e disco de jogo. Sem o Mestre, não há aventura de RPG, pois alguém precisa narra-la, controlar os inimigos, os NPCs, etc. (Mas podem existir RolePlays sem mestres. Mais detalhes no Item 4!)

Então, basicamente, é isso: RPG é um jogo de faz de conta, de interpretação de papéis, onde você pode ser o que quiser. Um aventureiro poderoso, engraçado, inteligente, covarde, maldoso... o céu é o limite (e, bem, as regras).

Para mais detalhes, uma pesquisa na Wikipedia deve tirar suas dúvidas.

Bom, agora você já sabe o que é RPG. Logo, entender o que é RolePlay (“RP”) é extremamente simples: É o RPG jogado dentro do Ragnarok, usando seu cenário e personagens. Mais detalhes ao longo do guia. Você já sabe o que é RP e RPG. Já está pronto para o Item 2...


2 – Como Interpretar e os diversos Sistemas existentes

Ok. Você já sabe o que é RPG. E essa já é a terceira vez que digo isso. Sim, sou repetitivo.

Ah, onde eu estava? Ah sim. Bom, então, RPG é um jogo de interpretação de personagens, e RP é jogar RPG dentro do Ragnarok – portanto, RP é interpretar seu personagem de Ragnarok! Muito bem, mas como fazer isso?

Existem três tipos básicos de fala dentro do RolePlay. Diálogo, Ação e “Off”. Você as utiliza na sua ferramenta de entrada de texto normal – a que você usa para se comunicar com outras pessoas e etc.

Diálogo é quando o seu personagem fala alguma coisa. Note que é o personagem falando, não você. Diálogo é feito com um travessão na frente, ou sem caractere especial nenhum. Exemplo:

- Eu estava caminhando inocentemente pela praça, quando o PecoPeco daquele Cavaleiro veio pra cima de mim e me deu uma bicada!!

OU:

Eu estava caminhando inocentemente pela praça, quando o PecoPeco daquele Cavaleiro veio pra cima de mim e me deu uma bicada!!

Nesse exemplo, temos alguém que foi atacado por um PecoPeco e, provavelmente, está reclamando disso para alguém – um amigo ou até uma autoridade. Através da fala, seu personagem se comunica com os outros.

Então, temos a Ação, tão ou mais importante. Ações são falas especiais, escritas entre asteriscos (*) que representam algo que seu personagem está fazendo. Pode ser qualquer coisa – desde um suspiro até brandir o machado para abrir a cabeça de um Orc ao meio. A interpretação de ações pode ser feita em Primeira ou Terceira pessoa. Exemplos:

*Me sento*

*Agradeçe o copo d’água que me ofereceu e o bebe*

*Ataco o Zumbi, disparando uma flecha contra ele*

*Brande a espada contra o Orc*

São todos exemplos de Ações. É difícil fazer RolePlay sem nenhum tipo de ação.

Além disso, temos o Off. Off é utilizado quando é você – o jogador! – e não o personagem que diz algo. Offs são utilizados párea diversos tipos de coisas: Perguntar algo para o mestre, conversar com algum amigo, etc. O Off é escrito entre Colchetes – [ ] – ou entre Parênteses – ( ) -. Colchetes costumam ser mais práticos, e é o padrão entre os RolePlayers, portanto, é recomendado o uso deles.

Exemplo:

[Mestre, eu não entendi. O zumbi me arragou e vomitou em mim, é isso?]

[Vou no banheiro, já volto!]

Pronto. Agora você já sabe como interpretar seu personagem! Para completar, que tal um exemplo de uma situação mais elaborada, envolvendo todos os tipos de fala? Vamos supor que João, o Espadachim, está caminhando por Prontera, quando vê seu amigo, Pedro, um Alquimista, comprando algumas coisas com um mercador. Além disso, João costuma interpretar em primeira pessoa e usar diálogos com travessão, enquanto Pedro interpreta na terceira pessoa e usa diálogos sem travessão.

João: - Pedro! Hey, Pedro!! *Grito para Pedro, tentando fazer com que ele me ouça*
Pedro: *O Alquimista estava entretido demais com suas negociações*
João: *Suspiro* - Caramba, Pedro! *Me aproximo dele, tocando em seu ombro*
Pedro: Oh? *Se vira* Ora, João! Está aí desde quando?
João: - Tava gritando por você do outro lado da rua, gênio. *Dou um tapa amigável na testa do Alquimista distraído*
Pedro: Ai... foi mal, não tinha ouvido. Olha essa poção aqui. *Pegava a poção da Fúria Selvagem e entregava para o amigo* O que acha? Tava pensando em levar.
João: - Como eu vou saber? O Alquimista aqui é você! *Rio*
Pedro: *Acaba rindo junto*


Viram? Uma interpretação simples. Acredito que agora todos tenham pego o básico de como se interpreta. Mas como resolvemos situações de conflito? Se eu tento escalar uma parede? E se eu estiver lutando com um adversário? Para isso existem os “Sistemas”. A maioria dos RPGs de mesa tem sistemas bastante complexos. No RolePlay do Ragnarok, contudo, existem três “Sistemas” principais, que tem pouquíssimas regras. Claro, outros sistemas podem ser desenvolvidos mas, no geral, usam-se um dos seguintes:

1: Sistema “Full RP”: O sistema mais popular e mais utilizado, o sistema Full RP não utiliza dados. Suas decisões são baseadas levando em conta puro bom-senso e as ações dos jogadores. Por exemplo, um Mercenário enfrenta um Cavaleiro. Claro que a batalha não pode ser apenas “*Ataco*”, “*Desvio*” e “*Defendo*”. Ações dentro de um sistema Full RP precisam ser mais bem detalhadas e, geralmente, quem vai fazendo as melhores ações vai obtendo a vantagem até eventualmente vencer o combate. Em sistema Full RP, não existe um sistema de Pontos de Vida nem nada assim. Tudo é feito por bom-senso dos jogadores e, sobretudo, do mestre. É um sistema fácil de perder o controle, mas rico por sua diversidade e muito eficaz se tiver um mestre competente. Para outras situações, também vale o bom-senso: Se os aventureiros ouvem um barulho nos arredores, o Caçador do grupo vai ter mais chances de rastrear o barulho do que o Templário usando Elmo!

2: Sistema “Full Dice”: Aqui, tudo é resolvido na base dos dados. É o sistema que boa parte dos mestres iniciantes usam. Ele é simples e emocionante, mas de baixíssima diversidade, além de não valorizar as boas ações dos bons jogadores. Afinal, em um combate, por exemplo, não vai importar se o Cavaleiro digitou apenas “*Ataco*” enquanto o Mercenário fez uma estratégia muito mais elaborada. Quem tirou o maior resultado no dado, ganha. Aliás, dá pra se jogar dados dentro do próprio Ragnarok: Só usar o comando /dice. Enfim, esse Sistema é bastante usado, mas geralmente, menos que os outros dois.

3: Sistema Dice+Atributos: Uma variação do sistema Full Dice. É semelhante, mas todos os dados sofrem um Bônus determinado pelos atributos do jogador. Por exemplo, em um lugar, está ventando muito. Tanto que os jogadores podem ser carregados para trás. Para evitarem isso, tem que ser bem sucedidos em um teste. Esse teste é feito utilizando o dado mas, invés de apenas jogar o dado, o Mestre declara que tem um Bônus baseado na vitalidade. Assim, quem tiver mais Vitalidade – e, portanto, for mais resistente – tem maior chance de sucesso. Esse bônus é, na maior parte das vezes, O Atributo do Jogador /20. Ou seja: Um Cavaleiro de Vitalidade 60 teria um bônus de +3 no teste. Isso também vale para combates e outras situações. O ponto forte do sistema é valorizar as conquistas do jogador, algo que costuma ser ignorado nos outros Sistemas. Mas tem o mesmo ponto fraco do Full Dice: Não valoriza o jogador em si.

Claro, podem existir fusões entre os sistemas. O mais comum mesmo é mestres utilizarem Full RP, e alguns testes de Dice (ou Dice + Atributo) para situações específicas. Sei que isso tudo parece confuso, mas é fácil. Sério!

Bom, agora você sabe interpretar, e sabe como jogar. Você já tem todos os básicos. Mas falta uma coisa importante ainda... Um personagem para interpretar, ora pois!


3 – Construindo seu Personagem

Construir um personagem é extremamente divertido! É ele que você irá interpretar durante o jogo. Com o tempo, seu personagem irá envoluindo, tanto fisicamente (Os níveis que você vai adquirir no jogo) quanto mentalmente (experiência de campanhas e etc te moldarão em um jogador melhor, e isso se refletirá em um personagem). Ele irá fazer amigos, e deixar sua marca no mundo de jogo!

E seu personagem pode ser de diversas formas diferentes. Pode ser um Espadachim, um Gatuno, um Mago. Pode ser sombrio, engraçado, valoroso, covarde, maligno. Aqui começa sua aventura de verdade: Na criação do seu personagem!

Geralmente, num RPG tradicional, sua ficha é importantíssima. De fato, é impossível jogar sem ela. No RP de Ragnarok, não. Claro, nós temos fichas – você pode encontrar o Modelo de Ficha e a seção para criar a sua aqui nesse fórum! – mas elas não são essenciais. Elas são mais registros. O mais importante é a criação em si do personagem. Assim, as coisas mais importantes em um personagem são seu Nome, Classe, História e, sobretudo, Personalidade. O resto – habilidades, atributos – o próprio jogo te oferece. Enfim, vamos ver esses itens, um por um.

Mas, antes disso, quero dar um conselho importantíssimo. NÃO TENTE imitar personagens de outras mídias. Não faça um Ninja loiro e chame-o de Naruto, pelo amor de Freya. Ninguém gosta disso e você acaba parecendo uma pessoa sem criatividade. Crie algo original. Claro, nada de errado em se inspirar em um personagem – Algo do tipo “Vou fazer um cara paspalhão igual o Naruto!” – mas não precisa plagiar todas as características do personagem, não é mesmo?

Nome: Bom, é aqui que tudo começa: O nome. Que nome escolher? Honestamente, não é tão importante. Pode ser qualquer nome. Pode ser até o seu! (É o meu caso. Meu personagem se chama Lucas Rodolfo, assim como eu). O mais importante aqui é saber diferenciar que Nome não precisa ser o Nick do seu personagem. Provavelmente, você só conheceu o RolePlay depois de já ter criado e upado seu personagem. E seu nick já é Boladão123. O que fazer? Deletar todo o esforço de dias, semanas upando, e refazer o personagem com o Nick que você deseja? Se estiver disposto, vai fundo, mas não é nem de longe necessário. O seu nick não é o seu nome de personagem. O seu nick é relacionado ao seu personagem “Off”, fora do RP, não “On”, dentro do RP. Assim, temos duas alternativas principais:

1 – Ignorar: A melhor saída. Simplesmente ignore o nick. Seu personagem vai se chamar Augustus, mas seu nick é “Cavaleiro Rúnico 556”? E daí? O nome do seu personagem é Augustus, apresente-se como tal e as pessoas irão trata-lo como tal. Fim de papo. A título de curiosidade, o meu próprio nick é Lucas_palmeirense. Mas o nome dele é Lucas Rodolfo.

2 – Adaptar: Uma coisa que eu já fiz também. Se seu nick for algo inusitado, incomum no RolePlay, e você não quiser se desapegar dele, invente uma história. Vou usar denovo a mim mesmo como exemplo: Lucas_palmeirense era o nome do meu personagem a alguns meses, além de Nick. Eu apenas tinha inventado que tinha sido um erro de cartório: O Nome ia ser Lucas Palmeirense, mas o escrivão acabou espirrando e traçando uma linha entre Lucas e palmeirense. E, no caso, Palmeirense era seu sobrenome. Simples assim. Desnecessário, contudo – hoje utilizo o primeiro método, e sou feliz assim.

Um caso de nota também é caso seu nick seja de algum personagem de ragnarok. Por exemplo, um Cavaleiro de Nick Thanatos. Caso você não decida ignorar o nick, dá para construir um personagem a partir apenas desse nome. Quer ver? Seu nome foi dado em homenagem ao Thanatos, o maior herói que Rune-Midgard já viu. Ouvindo as histórias dele desde pequeno, Thanatos é um símbolo de inspiração para você. Tornou-se Cavaleiro para imitar seus passos – e, um dia, almeja chegar tão alto quanto Ele chegou.

Viu? Um personagem com História, objetivo e personalidade prontos – tudo por causa do nome! Enfim, escolha um nome de sua preferência, e desapegue-se de seu nick. Isso é o que eu queria passar. Próximo item...

Classe: A escolha de sua classe provavelmente já foi feita antes de você se tornar um RolePlayer também (Supondo que você não esteja fazendo um personagem novo apenas para rolePlay). A classe vai influenciar muito no seu personagem: na História dele, seus objetivos. Na personalidade nem tanto, uma vez que ninguém fica “preso” a nenhuma receita. Afinal, seu personagem se tornou um membro daquela classe por algum motivo, e com alguma finalidade. Lembre-se de levar sua classe em consideração na hora de fazer sua história.

História: E chegamos nos dois itens mais importantes: História e Personalidade. Um influencia no outro, é difícil escapar disso. Na hora de confeccionar sua história, lembre-se: Ela vai influenciar tudo que seu personagem é hoje. Então, capriche, e pense bem.

Aqui vai um passo a passo simples para fazer uma história. Basta arranjar, em ordem, uma resposta para as perguntas:

Onde ele Nasceu? Aqui é bem simples, basta escolher o local de nascimento do seu personagem. Na dúvida, siga o básico: Espadachins em Izlude ou Prontera, Noviços em Prontera, Gatunos em Morroc, Magos em Geffen, Arqueiros e Mestres Taekwon em Payon, mercadores em Alberta, Justiceiros em Eiboroch, Ninjas em Amatsu (Aliás, é quase obrigação um Ninja ser de Amatsu). Isso não é nada de errado nem falta de criatividade, é natural: Esses lugares são fortemente influenciados pelas guildas dessas classes e, portanto, geram mais membros delas. Mas não é obrigatório: Uma pessoa pode ter nascido em qualquer lugar do mundo (Veja o Guia de Cenário para idéias, no Item 6).

Porque se tornou um membro da sua atual classe? Essa é uma das questões mais importantes. O que fez seu personagem escolher exatamente a classe que ele é? Alguns os fazem por vontade (principalmente Espadachins e Noviços), mas outros, por necessidade (principalmente Gatunos).

Aonde ele pretende Chegar? Qual seu Objetivo? Outra pergunta importante. Seu herói já é um aventureiro. Talvez não um poderoso, mas é um aventureiro. E agora, qual seu objetivo? O da maioria dos personagens é ganhar mais poder. Nada de errado nisso. Não se faz nada dentro de Midgard sem se tornar mais forte primeiro. Não vai ser um grupo de espadachins que vai parar o Morroc. Outra motivação comum é dinheiro. Ser aventureiro é um emprego comum em Midgard por um motivo: É lucrativo. Esses são os dois motivos mais comuns, e não é um erro adota-los. Às vezes, menos é mais. Mas, claro, ele pode ter algum motivo mais pessoal: Obter vingança, encontrar sua família desaparecida, conhecer lugares exóticos, obter algum equipamento poderoso, enfim. E, claro, muita gente se aventura apenas pelo prazer de se aventurar.

Qual o seu presente? Após responder isso tudo, explique a situação atual do seu personagem. Ele está próximo do seu objetivo? Já é de que classe? Já tem amigos, clã? Alguns começam como uma folha em branco. Outros não. Vai de cada um.

E assim, temos a história de um personagem. Só falta a...

Personalidade: Extremamente importante. Como seu personagem se comporta? Interpretar um personagem é, na verdade, interpretar a personalidade dele. A personalidade é algo muito pessoal, cabe a cada jogador pensar a respeito. Só lembre de que ela deve fazer sentido com sua história. Uma pessoa nascida de boa família, com uma vida feliz, não iria ser taciturna e sombria! (Mas o contrário poderia. Ou a pessoa é otimista demais, ou usa sua alegria como máscara para esquecer de seu passado). Isso é pessoal demais para eu realmente poder guia-los. Cada um deve bolas sua própria personalidade.

E, para dar o toque final, tente arranjar algo que diferencie o personagem. Uma mania, defeito, um pet, algum traço marcante de personalidade. Algo que faça seu personagem ser único e lembrado. Só cuidado para não cair no OP! (Veja no Item 5).

E agora, você tem o seu personagem! O que significa que você está pronto para viver...


4 – Aventuras, Campanhas e “Casinhas”

Bom, bom. Agora você sabe jogar. E já tem o seu personagem. O que significa que é hora de você ir jogar o RPG em si!

Uma partida de RPG pode ser jogada, basicamente, de duas formas: Aventuras e Casinhas. Uma campanha é um encadeado de Aventuras – chegaremos lá em breve!

Uma Aventura precisa, antes de mais nada, de um mestre. Uma Aventura começa com um problema, se desenvolve com os heróis tentando soluciona-la e se conclui com as conseqüências dessa tentativa (Talvez o problema se solucione, talvez piore, talvez crie um novo). Assim, uma aventura segue um padrão de Começo-Meio-Fim. Note que uma aventura não é uma sessão de jogo. A Sessão começa quando os jogadores se reúnem e termina quando eles encerram. A aventura pode durar por mais sessões.

Exemplos de aventuras: Um grupo de Orcs está atacando uma vila. Os aventureiros vão até lá, expulsam os Orcs. Fim da aventura.

Um homem teve um item de sua loja roubado. Não era nada absurdamente precioso – de fato, era algo que o homem simplesmente achou numa caverna uma vez. Os heróis vão atrás do item e descobrem que ele foi roubado por um grupo de Magos que pretendem romper a barreira da Caverna de Payon e soltar os monstros dela na cidade – e o item era essencial para isso. Os heróis impedem os magos. Fim da aventura.

Uma mulher está adoecida de um mal que nenhum sacerdote foi capaz de curar. O Algoz do grupo, contudo, consegue indentificar aquela doença como os sintomas de um poderoso veneno. Eles vão atrás do antídoto, mas, ao voltar, a mulher já estava morta.

São todos exemplos de aventuras. Percebam que elas podem variar em complexidade, mas todas elas tem o padrão em comum: Começo, Meio, Fim.

Um “Casinha” é diferente. Casinhas são RPs sem comprimisso. Eles só precisam de um grupo de jogadores – aliás, nem um grupo. Dois jogadores bastam! – que interpretem entre si. E não precisa de nenhuma história e nenhum mestre. São RPs casuais, na verdade, são apenas interpretações – é viver, por um instante, a vida “rotineira” do seu personagem. Nem por isso são menos divertidos!

Exemplos de RPs casinhas:

Um grupo volta da última missão e se reúne na taverna para comemorar.

O líder do clã resolve dar uma festa de fim de ano.

Coisas assim. Não tem enredo, não tem mestre, não tem – geralmente – nenhum perigo. É só interpretação.

E por fim, temos as Campanhas. Campanhas são encadeados de aventuras que se relacionam. Uma aventura vai se ligando a outra, até formar uma “Aventura Maior”, por assim dizer.

Vamos a exemplos:

O Grupo de Orcs que foi expulso pelo grupo de aventureiros desejam vingança. Os sobreviventes se unem aos magos que também foram detidos pelos heróis, e tramam um novo plano: Os Orcs atacariam Geffen, causando uma distração, enquanto os Magos iriam tentar quebrar o selo da Torre de Geffen, liberando as criaturas que vivem lá para atacarem a cidade.

A mulher envenenada morre, mas com um bilhete entre os dedos. Lá, ela apontava a identidade do seu assassino: Um Sicário extremamente influente dentro da Guilda dos Sicários. E ele tem outras vítimas em mente, cabendo aos heróis impedi-lo.

E assim, as Aventuras vão se encadeando, formando uma campanha. Todos os estilos de RolePlay são muito divertidos. Experimente todos!

Bom. Você já sabe jogar, já tem os personagens, e já tem as aventuras. Meus parabéns, você é um Novato no RolePlay, pronto para ir viver um mundo de aventuras!

Opa, peraí, não tão rápido, meu intrépido amigo! Ainda resta uma coisa terrivelmente importante: A conduta. Existem coisas que você pode fazer em um RP. E existem coisas que você pode, mas decididamente não deve fazer. Mais detalhes sobre elas abaixo.

5 – O que NÃO fazer

Por mais que o RolePlay seja sobre fantasia, nem tudo deve ser feito. Eis aqui um guia geral de erros a serem evitados:

1 – OPs: OPs, também conhecido como “OverPower”, é quando alguém faz algo com seu personagem que a) O torna muito poderoso ou b) Fere o Cenário. Via de regra? Evite ter relação com NPCs importantes (Nada de ser Filho/Pai/Mãe/Tio/Parente/Irmão/Pupilo do Rei/Rainha/Thanatos/Algum Deus/etc), não dê a você mesmo cargos importantes (Nada de ser o prefeito de Izlude) e não dê a você mesmo poderes além do que seu personagem apresenta (Nada de “Eol tenho o Tão Gunka dentro do corpo e vaporizo o inimigo com o raio do MVP!!1!”). Pelo menos, não faça isso nos seus personagens jogadores, e muito menos espere que alguém engula isso. Muita gente acaba cometendo OP para “diferenciar” o personagem, torna-lo especial. Dica: Faz isso não, é feio, Papai Noel não gosta. Seja mais criativo. E é mais fácil diferenciar seu personagem através de defeitos do que de qualidades e poderes, além de torna-lo muito melhor.

2 – Incoerências: Ou “Eu consigo desviar a bala de canhão com minha lança”. Quando for fazer uma ação, tenha bom-senso. Lembre-se: Os personagens do Ragnarok são mais poderosos que os humanos comuns, do planeta terra que vivemos, mas ninguém aqui é o Superman. Mantenha um limite entre o sobre-humano e beirando o heróico menor e não teremos grandes problemas. Bom-senso é a chave para tudo.

3 – Português: Vamos lá. Ragnarok é um jogo – um jogo virtual – e, portanto, possui o “internetês” como Língua Padrão. Contudo, em RolePlay, é legal evitar isso. Claro, ninguém precisa virar Machado de Assis, mas é difícil alguém te levar a sério como RolePlayer se você faz uma ação do tipo: “Agaxo e atk o Orc c/ a minha espada” ou diz para seus companheiros “Hey, povo, pq vcs ñ vão até GH pra matar o DL?”, em On. Claro, você pode falar como quiser em Off, mas em On, procure manter um bom português. Não extremamente formal ou corretíssimo, apenas... normal. Bom.

4 – Não misturar On e Off: Outra coisa que acontece com uma freqüência impressionante, entre novatos e veteranos. O que ocorre em Off não deve ser levado para o On, nem vice-versa. Nada de brigar com o Gatuno companheiro do clã porque o personagem dele roubou o amuleto do seu Espadachim! Claro, o Espadachim e o Gatuno podem brigar – mas não os seus jogadores! Isso também vale para informações. Não é porque você sabe o que aquele personagem maligno do grupo vai fazer que você vai estragar o plano dele na aventura. Afinal, seu personagem não sabe nada disso! A dica é: Não misture você e seu personagem, e tudo ficará bem.

5 – Respeito a TODOS: Algo extremamente importante. Os RolePlayers são uma grande comunidade, e o respeito é essencial. Independente do que acontece entre seus personagens, sempre respeite a todos, trate-os bem e evite confusões. Talvez você não o tenha de volta, mas faça sua parte. Muita gente será bastante amigável e irá te ajudar no começo de sua jornada nessa modalidade. Procure os bons, afaste-se dos ruins e trate a todos com respeito, e irá fazer grandes amigos.

Bom, é isso. Meus parabéns, você já tem toda a teoria para ser um RolePlayer! Agora vá botar na prática!

O próximo item será curto. Uma série de Links cuja leitura é recomendada, sendo eles outros guias explicando sobre RP e, o mais importante, o Guia de Cenário.

6 - Links Recomendados

Primeiramente, existem três grandes fóruns sobre RolePlay no Ragnarok. Você provavelmente está lendo esse guia em um deles. Caso não conheça, eis os outros dois:

www.naws-rpg.com
http://ragnatales.mmotales.com.br/forum/viewforum.php?f=17
http://sites.levelupgames.com.br/Forum/ragnarok/forums/19.aspx

Todos eles tem uma boa quantidade de guias e etc. para ajuda-los. É uma boa idéia freqüentar todos os três também, para você, iniciante, se integrar a todos os membros da comunidade.

Aqui vão os guias mais importantes dos fóruns:

http://sites.levelupgames.com.br/Forum/ragnarok/forums/t/239181.aspx?PageIndex=1
Provavelmente o guia mais importante (E o maior!) do bRO. Aqui, praticamente todo o cenário está apresentado, com as particularidades de cada local, ganchos para aventuras, monstros, etc e etc. Muito recomendada a leitura, mas leia com calma – provavelmente depois de ler ESTE guia aqui, você vai querer uma pausa. Mas, eventualmente, leia-o, pois é bem importante ter conhecimento sobre o cenário. (O Guia está desatualizado de antes de Ash Vacuum, mas já está ótimo)

http://www.naws-rpg.com/t17-guia-de-personagens-12-by-momo-noguiko
Um Guia da Momo, extremamente completo, para se fazer um personagem. Eu já dei aqui neste guia algumas dicas, mas para quem quiser mais, este aqui é o melhor que há.

Irei acrescentando mais guias conforme o tempo passar e outros surgirem. No momento, eu diria que esses são os de maior destaque.

Enfim, seja bem-vindo, aventureiro! Bem-vindo a este mundo de batalhas, aventuras e amizades! Bem-vindo ao RolePlay no Brasil Ragnarok Online!

Te vejo por aí!

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O Grande Guia do Iniciante em RP Empty Re: O Grande Guia do Iniciante em RP

Mensagem por Hoozuki Dom Dez 25, 2011 8:15 am

Ótima iniciativa!

Muito interessante o guia.
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O Grande Guia do Iniciante em RP Empty Re: O Grande Guia do Iniciante em RP

Mensagem por Mushro Dom Dez 25, 2011 8:16 pm

Muito bom gostei bastante
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https://oniwabanshuu.forumeiros.com

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O Grande Guia do Iniciante em RP Empty Re: O Grande Guia do Iniciante em RP

Mensagem por Yokomaru Ter Fev 14, 2012 9:59 pm

Não cheguei a ler praticamente "tudo" mais li boa parte, e achei realmente muito legal.
Continue assim.
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